Um rolê aleatório, num boteco qualquer

Mas ele não conversa,

Só olha, analisa..

Quem sabe o que ele está pensando?

Que tanto silencia naquele canto.

Sozinho... Bebendo e matutando.

Pensava ela..

Eu, mesmo daquela distância, por telepatia a escutava.

Seu olhar não mentia, entendia tudo,

que ela queria falar e não sei porque cargas d'água, não falava.

Dizia sim. Outras coisas, mas sabia, que não era nada condizente com o que ela gostaria e imaginava.

A bebida para muitos, é utilizada como um ótimo lubrificante social. Mas para mim, não funcionava.

No fundo, éramos parecidos. Nossa diferença era exatamente essa, eu preferia o silêncio. Simplesmente, me calava.

Não queria ser sociável, achava interessante observar as interações de longe.

Enquanto ela, em sua própria confusão... Se enganava.

Um Eu Lírico Bêbado
Enviado por Um Eu Lírico Bêbado em 15/11/2020
Código do texto: T7112517
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