Alvo

Um alvo –

No peito,

Outro –

Nas costas,

O que de direito?

Façam as suas apostas!

Morador periférico –

Entre becos –

Vielas –

Nas favelas!

- Qual o teu nome?

- O teu sobrenome?

- O teu cep?

- O que te entorpece?

- A luta diária,

- A sobrevivência,

- Munido de carência,

- Falta tudo...

- Senhor, um absurdo!

Água –

Luz –

Quase sempre.

O pão de cada dia,

Precisamos nos manter firmes,

Nada de deslizes,

Garantindo a moradia.

O ronco no estômago,

Questão de perigo.

Há caráter que se compre?

Às vezes, a realidade sai em atropelo,

Atravancando os elos.

Uma enxurrada, um tsunami,

O que mais apreciamos a dignidade.

Pelas mãos dos mais fortes –

Do Governo –

Este é o plano,

Cai ao chão,

Omissos em suas questões.

Expondo-nos nos mesmos:

Becos e vielas.

Para sobreviver unidos –

Pintamos a aquarela,

Esta é a grande verdade.

Moradores da periferia,

No peito a galhardia.

Sem o combustível da vida,

A alimentação -

Duvidosa ou vencida.

O que nos move –

E o poder da persuasão...

Ainda há quem se comove.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 17/12/2020
Código do texto: T7137810
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.