NÃO VALE

a avalanche de lama

de grana, de Império

faminta de gente

despenha-se montanha abaixo.

a vida embolada

num emaranhado de nós

e pós

amargos

sem voz...

sem vale.

a esperança acorda

e pronta avança

pra fazer justiça.

e volta mortiça

murcha da ilusão

abortada no barro da ganância

da vileza

da morte

sem doce

precoce.