O Amor é Revolucionário
Meu sangue corre solto
Pelas veias
Pelas ruas
Sob o Sol
A luz da Lua
Se derramaram o sangue
Do messias,
Costas negras
Em chibatadas escorria
Vestígios de um passado
Que querem negar
Indícios de um futuro
Que virá
Essa tal gente de bem
Cujas mãos fazem arminhas
Tem nosso sangue nelas também
Que defendem o indefensável, a tortura
A sensura, o ódio, o medo
A ditadura
Mas vão cair como castelo de areia
Como cartas ao vento da opinião alheia
Passo passo caminhando
Nos organizemos
Braços dados
Aos abraços nos amemos
Pretos e pretas, sangue indígena
Não aceitaremos
Adoram o ódio mancham a paz
Esses otários
Mas amaremos um ao outro
Seja gari ou universitário
Pois nunca deixaremos de acreditar
Que nesse cenário de caos
O amor é a lei, e também é um ato
Revolucionário!