SILÊNCIO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Diante da ausência de quem cala.

Nas perguntas e nas respostas.

Destruidoras nuas de tudo que não fala.

Do silêncio inato sem propostas.

Pergunte a todas as ausências.

Do silêncio de quem se abstém a falar.

Privação voluntária ou não das turbulências.

Com a boca fechada e nada a pronunciar.

Aréu não sabe o que fazer.

Qual a decisão a tomar.

É hesitante, palermo, nada a dizer.

Tolo ou bobo da corte no ar sem respirar.

Nada a resmungar, não dar uma palavra.

Fica mudo, sem som a se manifestar.

Não tem argumento, um til, nem lavra.

Fica de olhos lassos e nada a declarar.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 23/07/2021
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