Mães...

Como pode ser tão frágil e pequenina!?

Como ser tão mulher e menina!?

Pode tanta santidade em tua sina!?

E tão grande amor em poucas linhas!?

Pode tanta ternura e brandura!?

Tanta coragem em mar de fúria!?

Tanto olhar sério... mas doçura!?

Tão pequeno nome repleto de candura!?

Pode o céu cobrir-te qual manto

E a in-esperança olhar-te com espanto,

Ao ver que o teu rosto já chorou tanto

Que explode - vendo o choro – em mar de acalanto!?

Podes, mãe, seres maior que o nome!?

Criar um amor que nunca consome!?

Ser mãe de mulheres e, até, tantos homens!?

E fazer da vida e da lágrima o teu codinome!?

Só sendo, pois, Mãe, é que te vemos divina

Para quem não há texto, poesia ou rima

De quem se faz versos, mas nunca termina

Nem encerra o amor que é teu mais que sina...

Francisco Josivan
Enviado por Francisco Josivan em 11/11/2007
Reeditado em 10/05/2009
Código do texto: T733032