CORREDEIRAS
Difícil descer as corredeiras desse rio tempestuoso
Onde nesse barco vamos em dois.
Num remar desconsertado, cada um rema aleatoriamente.
As vezes estamos em círculo, as vezes,
deslizamos pelo caminho de um, ora de outro...
As vezes chegamos próximos a margem direita,
Outra ora próximos a margem esquerda,
E assim continuamos descendo em direção a Catarata.
Talvez essa tempestuosidade nada mais é
Que um prelúdio da queda.
Tem momento que até remamos igualmente
E dessa forma conseguimos passar pelas corredeiras
Até de uma forma confortável...
Mas, quando dá na veneta de um de nós,
Saímos do coletivo e vamos pro individual.
Então, nosso barco passa pela corredeira
Como se tivessemos num Tobogam.
Chegamos a saltar dentro do barco
E assim mudamos nossas posições
Mas, nunca mudamos nossa individualidade.
A prepotência em cada um de nós
Faz com que nosso egoísmo faça de nós
indivíduos únicos, nessa coletividade (sociedade) heterogênea!
PEREZ SEREZEIRO
jrpmserezeiro@gmail.com Londrina