Camada Por Camada Perde-se Um Terço da Competência

Em qual pele supostamente deveria lutar esta guerra?

Se não existo, o remorso não me cabe

Meu codinome soletrado em velocidade amena

Não me fará escrever-lhe nomes e propriedades

Tua testa entreaberta e teus olhos tortos

Comportam-se como pugilistas frívolos

Franzida e com a boca cheia de indagações

Advinda da curiosidade duas bocas

Era estabelecido o elo entre concordar com seus contatos

Que contavam contos cronometrados consensuais

Precisaria ver-lhe além de uma lua míope

Eis-me aqui, sanando tuas dúvidas, e amamentando outras duas

O tom duplo sentido do ruído lapiseira, nos diz mais de uma procura

Prendam-no, meu conhecido o reconhecera

Como o homem nu artístico

Que fala sobre as doze tarefas de mitos de barros

Malhem-no antes que outra deidade boneca holandesa rache os lábios

A escada que sobe dará no elevador

O elevador, no porão

O porão, em entradas laterais

Onde amantes são alvejados em silêncio

Escondido entre o teu simbolismo

E o erudito mal traduzido

Valse conosco sem os sapatos

Pouco importa a exposição de teus calcanhares, meu herói

Ponha teus cornos como depósito no guarda-volumes

Entenda, que falo de tua figura matutina na multidão

Não o amante mal sucedido na arte do romance

Não te esqueças da senha para retiradas fugazes

A jaula janela espalhada

De fora para dentro com paisagens mutáveis

Faz-lhe admirar o encontro do céus e tua mobília

Enquanto a fera começa seu ritual de digestão

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 09/01/2022
Código do texto: T7425140
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