ODE A ESPERANÇA

A alegria foi roubada pelos medíocres, pelos infames...

Que sorrateiramente abriram o fosso das vaidades.

E com as mãos sanguinolentas

trouxeram à margem os facínoras,

E as nuvens tenebrosas desceram

sobre os homens, muitos inocentes, outros tantos corrompidos, culpados, dilacerados de alma, faltos de hombridade...

E o mundo num turbilhão contra-corrente acorrentou os humilhados, fez grassar erva daninha nos quintais dantes floridos.

E assim se fez o ranger de dentes e os gemidos naturalizarem-se ante

o prazer das bestas-feras.

A era da destruição revolveu-se dos subterrâneos e emergiu no século novo a idade das trevas.

Pranteio os ditos homens novos, geração serviu a plêiade dos anticristos, pois pensam que são servidos mas que servem a mesa dos devassados, os vencedores.

Despudorados, na eiva da inversão de valores na bandeja dos celerados comem como cães vis...

E são servis, e entoam hinos salvo conduto para os morticínios posto

que lavaram as mãos na vinagreira do permissivismo.

Individualismo liberal arrastando grilhões ideológicos ás naus da podre escravidão das almas, assim navegam os torpes.

Fez-se noite no pendão das terras das palmeiras... Exílio doloroso entre a independência e a morte.

Ah! Verdes mares! Ah! Páramos azuis! A riqueza de tua entranhas... A arte, a cultura, a educação, a tua exuberante natureza e a fibra da tua gente estão chafurdadas na lama!

Brasil!...

"...Estandarte que a luz do céu encerra, E as promessas divinas da esperança...