CONFLITO

(Pmt/72)

Tantas coisas eu queria,

Tantas, ainda quero

O outro vejo e nunca

Saberei o que pensa

Deduzo

Pois, ele, sou eu

Agora

Na espera do trem

Que passa apinhado

E... aguarda o próximo.

Olha na prateleira do pão

Que talvez nem o terá

Quando em casa chegar.

Lá no fundo

Deveria se resolver

Com DECRETOS, esse

Problema dele e o meu

Instantâneo e perdurável.

Vozes gritam no silêncio perpétuo

Se resolvem, vivem e morrem

Sem ninguém as ouvir.

Trava-me o impasse da fome

Que abomino.

Fecham-se os sonhos

Vão-se as lembranças...

A letra cai no chão

Do silêncio.

Aridez e asperezas!

 

 

 

edidanesi
Enviado por edidanesi em 02/02/2022
Reeditado em 02/02/2022
Código do texto: T7442993
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