O desmatar... mata

A cabeleira do alto da mata deveria ser intacta

Mas alguém encosta seus tijolos

E surge uma cidade

Que cai nos colos dos aristocratas

Esse alguém plantou a semente do perigo

E morreu de velhice

E não viu o assorear de tantos anos

Criar a calvície do morro

E o desejo do ar puro

Cega o lugar inseguro

Que a natureza acusa

Toda vez que manda a chuva

E é o tempo que anuncia o flagelo

A encher os poços da cabeça

E se salva apenas o belo

E o feio sob os destroços, some

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 18/02/2022
Reeditado em 01/06/2023
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