É quando as armas falam, e os inocentes choram

Disparos atravessam o céu como cometas

um brilho da luz da morte

zumbido mais alto que o de cornetas

de leste a oeste, de sul a norte

Impacto, construção

flash, apagão

tudo volta, confusão

desespero preenche o coração

São balas que atravessam peitos

corpos que caem pelo chão

lutos que não podem ser desfeitos

conflitos causados por uma ambição

É Israel que mata Palestina

EUA que oferece falsa paz na intervenção

é Rússia que dita pra Ucrânia uma sina

são os inocentes que para o além, se vão

É dinheiro, é esse maldito expansionismo

do capital fazemos a única visão

a mão do mercado nos puxa para o abismo

a língua falada é a que enriquece a nossa nação

Somos um planeta

uma única raça

mas o egoísmo nos torna cegueta

uns se sentem predador, e veem os outros como caça

É o seja feita a minha vontade

um pregar: “somente interesses do meu País importam”

o fragmentar da humana fraternidade

permitir nacionalismos que nos recortam

separar nossa espécie, matar o conceito de humanidade

inventar diferenças para justificar erros, os motivos que nos confortam

No instante em que pela pluralidade criamos desavenças

preconceitos afloram

o momento em que não toleramos as diferenças

é quando as armas falam, e os inocentes choram

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 27/02/2022
Reeditado em 14/03/2022
Código do texto: T7461683
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