É quando as armas falam, e os inocentes choram
Disparos atravessam o céu como cometas
um brilho da luz da morte
zumbido mais alto que o de cornetas
de leste a oeste, de sul a norte
Impacto, construção
flash, apagão
tudo volta, confusão
desespero preenche o coração
São balas que atravessam peitos
corpos que caem pelo chão
lutos que não podem ser desfeitos
conflitos causados por uma ambição
É Israel que mata Palestina
EUA que oferece falsa paz na intervenção
é Rússia que dita pra Ucrânia uma sina
são os inocentes que para o além, se vão
É dinheiro, é esse maldito expansionismo
do capital fazemos a única visão
a mão do mercado nos puxa para o abismo
a língua falada é a que enriquece a nossa nação
Somos um planeta
uma única raça
mas o egoísmo nos torna cegueta
uns se sentem predador, e veem os outros como caça
É o seja feita a minha vontade
um pregar: “somente interesses do meu País importam”
o fragmentar da humana fraternidade
permitir nacionalismos que nos recortam
separar nossa espécie, matar o conceito de humanidade
inventar diferenças para justificar erros, os motivos que nos confortam
No instante em que pela pluralidade criamos desavenças
preconceitos afloram
o momento em que não toleramos as diferenças
é quando as armas falam, e os inocentes choram