Brado das águas
Mais parece humor sarcástico
Esse ciclo debochado
Em que o peixe ingere plástico
E o homem ingere o pescado!
Um ser que não tem cuidado
E não tem discernimento
Faz descarte inadequado
E usufrui do mar gosmento!
Tem garrafas de bebidas
Tem sacolas poluentes
Tem resíduos de comidas
Pelas praias e afluentes!
Tem esgotos não tratados
Pelos rios, pelos mares...
Vão deixando ameaçados
Muitos seres de seus lares!
Ameaçam pacamãs
Raias, meros, ituís
Pirapemas, matrinxãs
Surubins e lambaris!
Quem dera se a percepção
Fosse a todos despertada
De que a água não é lixão
E precisa ser cuidada!
Água, líquida ou gasosa
Congelada ou aquecida
É jóia tão preciosa
Necessária para a vida!
Com a água escasseada
Morre a terra, seca o ar
Tudo vira um grande nada
É preciso preservar!