CHÃO TEATRAL
CHÃO TEATRAL
Teatral, o bastar traçado no apoio,
Enterra ou resseca,
A rigidez alternativa do pisar.
A circulação da prontidão,
Aparece no enfrentamento coletivo dos olhares.
A popularidade, enfeitada pelo tudo apaziguado,
Nomeia as posses do luxo.
O sangue reina na palidez,
Do toque da espera vencida.
O meio, com os ruídos do júbilo externo,
Estuda conclusões.
O retiro competitivo da embalagem,
Quebra posicionamentos.
O combater, envenenado pela derrota,
Já antecipa a gravidade.
A lentidão do voo,
Arma-se com a escuridão,
Das unicidades instintivas.
A pessoalidade da mesmice racional,
Diariamente avança.
A técnica diminui,
O habitar, feito de possibilidades capturadas.
Em união com o perigo,
A grandeza define a juventude.
A separação se solta,
De demonstrações,
Em uma espécie de mito.
Medidas cedem,
A fuga ao egoísmo do alcance.
A volta coberta,
Desemboca em descidas fechadas.
O naufrágio do princípio,
Dá-se a todas as agitações.
A comparação é uma maldade,
Apegada à ignorância do logo.
A negação, sequer curva-se à mordida,
Que a arranca das vozes.
O depois, procedente do atraso desarmado,
Devora a mente.
Selvagem, a imaginária solidariedade,
Debilita o levantamento.
O esmagamento das pedras monstruosas,
Continua faminto de descobertas.
O trabalho da confusão,
Encarrega-se dos restos.
A imprecisão da luta,
Distingue o apenas.
A vitória despedaça,
Caminhos ínfimos.
A invisibilidade das ofertas,
Crê no além.
O mundo, apontado pelo abraço do poder,
Afunda o chão.
Sofia Meireles.