CHÃO TEATRAL

CHÃO TEATRAL

Teatral, o bastar traçado no apoio,

Enterra ou resseca,

A rigidez alternativa do pisar.

A circulação da prontidão,

Aparece no enfrentamento coletivo dos olhares.

A popularidade, enfeitada pelo tudo apaziguado,

Nomeia as posses do luxo.

O sangue reina na palidez,

Do toque da espera vencida.

O meio, com os ruídos do júbilo externo,

Estuda conclusões.

O retiro competitivo da embalagem,

Quebra posicionamentos.

O combater, envenenado pela derrota,

Já antecipa a gravidade.

A lentidão do voo,

Arma-se com a escuridão,

Das unicidades instintivas.

A pessoalidade da mesmice racional,

Diariamente avança.

A técnica diminui,

O habitar, feito de possibilidades capturadas.

Em união com o perigo,

A grandeza define a juventude.

A separação se solta,

De demonstrações,

Em uma espécie de mito.

Medidas cedem,

A fuga ao egoísmo do alcance.

A volta coberta,

Desemboca em descidas fechadas.

O naufrágio do princípio,

Dá-se a todas as agitações.

A comparação é uma maldade,

Apegada à ignorância do logo.

A negação, sequer curva-se à mordida,

Que a arranca das vozes.

O depois, procedente do atraso desarmado,

Devora a mente.

Selvagem, a imaginária solidariedade,

Debilita o levantamento.

O esmagamento das pedras monstruosas,

Continua faminto de descobertas.

O trabalho da confusão,

Encarrega-se dos restos.

A imprecisão da luta,

Distingue o apenas.

A vitória despedaça,

Caminhos ínfimos.

A invisibilidade das ofertas,

Crê no além.

O mundo, apontado pelo abraço do poder,

Afunda o chão.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 15/06/2022
Código do texto: T7538005
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