O limite do humor é o bom-senso
O humorista recém demitido Léo Lins sabe...
Fazer piada com gênero, etnia e até deficiência física é engraçado só para alguns
covardes.
Em um show do "Quatro amigos", o "célebre", para não dizer asqueroso, Thiago Ventura
soltou uma "espirituosa" piada:
-Não dá vontade de bater na cara de um cadeirante pra
ver se ele levanta?" Disse sem alarde.
O ex-cadeirante aqui simplesmente se levantou e foi embora do show...
Afonso Padilha me viu na saída do teatro e me abordou:
-Algum problema? Não gostou do show?
É, Padilha...você no palco ok, mas teu amigo realmente me enojou.
É...em tempos do tal "humor negro" a qualquer custo esse absurdo
não me espanta.
O mote agora é ser contra-cultura e mostrar que o "humor não tem limites"...reclamar?
Adianta?
Eu não sou contemporâneo deles, mas quer humor de verdade?
Quem sabe bons exemplos compatriotas sejam Chico Anysio e Jô Soares.
Quem sabe Monty Python? E que tal Charlie Chaplin?
Até rir carece de seletividade.
Há quem escreva uma piada bem, e há quem seja simplesmente covarde.
Que tal mais dignidade no teu sustento? Mais bom-senso.
Me faça rir com um bons argumentos!
E que tal mais talento?