PONTO DE REGRESSÃO

Parte-se na pátria avante

com o discurso adiante

do modo mais antropófago

que o passo do retrógrado

parece, no solo, a pegada

do antigo e morto dinossauro,

caminhando, doravante, ao nada

e o meteoro no seu encalço,

a carne na boca mastigando,

sem saber que regurgitado

o alimento na garganta entalado

em si o está matando,

porque Carvalho, o sábio mestre,

lhe dizia: encolhe e te aquece

que quando a poeira baixar

haverá um novo mundo a dominar

em Nagasaki e Hiroshima,

perto longe doutra linha,

[em Ratanabá]

na palavra o Douto assina,

assimila o corte e assim imita

tão pobre e limitado estardalhaço

destes condenados por panelaço.

[Poema escrito no dia 06 de agosto de 2015]

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 06/08/2022
Código do texto: T7576493
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