Mal-estar

Desalento

não há mais o que procurar, um momento

foda-se o tempo

Sem alento, sento

espero a ajuda do baixo clero

pois o Estado que é laico, mas não ateu

foi invadido por quem só pensa no próprio umbigo

não em você, nem eu

penso

se na rua das grandes metrópoles

nas selvas e no campo

o sangue vermelho corre

porém o que mais vejo é pranto

Sinto-me piegas, ridículo

falando mais do mesmo e parecendo ambíguo

em rimas tortas e desconexas que

não sei se seriam dignas de estar num livro

finjo que não ligo

finjo que meu coração é gelado

que não me revolto e nem sinto dor

finjo que não sinto amor

com um sorriso de tristeza e o olhar no horizonte

assisto uma multidão de olhos ofuscados

opacos

sempre foi assim e sempre será...

será?

Vou fugir desse lugar

Rodrigo Margini
Enviado por Rodrigo Margini em 02/12/2022
Código do texto: T7662836
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