A origem do mal

A origem do mal

O verde dominava a terra

O azul do mar era mais anil

Os animais viviam em paz

Não faltava nada

Água, comida e ar puro!

Tinha demais

Surge o homem...

Sedento de poder

Com ferro e fogo

Fez tudo tremer

Com uma cruz na mão

E uma espada na outra

Criou esta dita civilização!

O verde foi ficando escasso

Ergueram fortalezas e grandes barcos

Com o fogo inventaram

armas de aço

Criaram grandes invenções

E também armas de destruição

Devastaram selvas inteiras

Ergueram cidades

Construíram parques e grandes cadeias

Ergueram monumentos

Grandes estátuas

Deuses de cimento

E dobram os joelhos

E vomitam suas lamentações

Em rezas e orações

Estão sempre apressados

Em juntar dinheiro

Ficar ricos e milionários

Estão camuflados com peles artificiais

Que esconde a velhice

Mais não esconde a tolice

Não escutam o canto matinal do galo

O sussurro do vento

E a voz que vem de dentro

Não sentem o cheiro

Da rosa na varanda do seu quintal

Que não precisa de terra

E não precisa de água

E não tem cheiro

Por ser artificial

Vivem sempre as ameaças

De uma grande guerra

Do apocalipse

Do fim da terra!

Constroem grandes templos

De concreto e cimento

E tendo deus como sócio

Que cobra 10% de comissão

Ficam ricos

Com o marketing

Da destruição

Deus mostre-me, vós.

Fale-me, se e verdade.

Ou se é loucura

Tanta desgraça

Na terra que um dia foi tua

Senhor deus dos desgraçados!

Perdoa estes vis mortais

E não perca no homem a esperança

E renovas em cada amanhecer

E na face de cada criança

A imagem deste Deus que não cansa.

poeta plebe
Enviado por poeta plebe em 11/12/2007
Reeditado em 15/12/2007
Código do texto: T773782