De quatro em quatro anos

De quatro em quatro anos

O rico se aproxima do pobre

Há um jogo de olhar

Um aperto de mão

Até abre o coração,

Quando ver que não tem como

Parte pra outra estratégia animal

"Solta as onça,os peixes e tudo vira carnaval"

Eles ficam sambando

E os pobres se ferrando

Cada vez vivendo mal

Esse é o país do carnaval

Então vamos pintar e bordar,

Porque é assim que eles querem que nunca aprendemos a votar e a não se valorizar,

Nasci em uma região vasta de capim

Mas não é alimentação apropriada pra mim, o índio perde sua terra

O negro sua liberdade

Onde está as políticas públicas que não chegam na Cidade?

Em busca de resposta fico a me perguntar

Quando vamos ter consciência e aprender a votar?

Poeta Zé do Sertão

Do seu livro Fragmentos

Poeta Zé do Sertão
Enviado por Poeta Zé do Sertão em 21/04/2023
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