De Farinha Fez-se Pão

Sementes de compaixão

Semeadas em terra estéril

Quando uma febril ignorância

Encobriu o chão

Numa impenetrável neblina

Brotaram violência.

E quando chegou-se a meio do inverno,

Numa procissão de angústia,

A fome era sofrimento eterno.

E um a um, colheu-se tudo.

Fez-se farinha, fez-se pão.

Deu-se até a quem estendeu a mão.

Sérgio Peixoto
Enviado por Sérgio Peixoto em 11/06/2023
Código do texto: T7810565
Classificação de conteúdo: seguro