O RESTO DA FEIRA
Em um mundo de tantas riquezas
migalhas caem do alto da mesa
Dos restos dos restos de comida
ossos, retalhos de carne,
pães vencidos e garrafas vazias
É o resto da feira
Se pudesse comeria o prato,
a colher e o garfo de sobremesa
Entretanto, é preciso vigiar
Os abutres podem roubar
Em verdade tudo reprise
O sistema sempre esteve em crise
Estamos anestesiados
Completamente paralisados
E como formigas bêbadas
Dançamos o carnaval de janeiro a janeiro