O RESTO DA FEIRA

Em um mundo de tantas riquezas

migalhas caem do alto da mesa

Dos restos dos restos de comida

ossos, retalhos de carne,

pães vencidos e garrafas vazias

É o resto da feira

Se pudesse comeria o prato,

a colher e o garfo de sobremesa

Entretanto, é preciso vigiar

Os abutres podem roubar

Em verdade tudo reprise

O sistema sempre esteve em crise

Estamos anestesiados

Completamente paralisados

E como formigas bêbadas

Dançamos o carnaval de janeiro a janeiro

Poeta Eduardo Rodrigues
Enviado por Poeta Eduardo Rodrigues em 13/06/2023
Código do texto: T7813033
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