SER IDOSO

Ser idoso

I

Nos áureos tempos da distante

Juventude

Quando, no ardor dos então sonhos

Fagueiros

Da natureza a força a gente sempre

Alude

Sente-se ser poderoso, até mesmo

Guerreiro.

II

Desfila-se presunçoso, despreocupado,

Confiante

A busca de conquistas, de boas coisas

Da vida

Envaidecido ao sentir-se admirado

Elegante

Ufana-se ao presumir-se bem vestido,

Vestida

III

O declínio, inexorável, aos poucos

Se aproxima

A luta segue renhida, feroz,

Encarniçada

Pois... mesmo com conquistas a derrota

É garantida

E aprofunda o fosso do tempo, não resta

nada

IV

Que impeça o avanço da debilidade

Fatal

Mesmo debilitado o corpo reclama

Exigente

Luxo, afagos, atenção, cuidados

sinal

de que mesmo por já ser idoso ainda

É gente.

ARTURO CORTEZ, 27.01.2023.

Cadeira nº 02 da Academia de Letras do Brasil/Seccional Irituia; cadeira 74 da Confederação das Academias de Letras, Artes e Ciências do Brasil – Conclabe; cadeira 19 do Instituto Histórico e Geográfico de Bragança-Pará.

arturo cortez
Enviado por arturo cortez em 11/07/2023
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