A violência das ruas
No momento,
se não tiver certeza
não pense nada,
não fale nada,
não se aborreça,
não vá à rua...
Primeiro, se atualize,
vença seus medos,
humanize-se
e tenha olhos solidários,
vontade de viver
e de deixar os outros viverem...
"Caminhando e cantando"
se preciso for,
mas sabendo o por quê
do porquê dos porquês,
conhecendo a causa
evitando morrer
na areia
de uma praia deserta...
O ser humano é limitado
e o mundo é sem fronteiras...
Sozinho o que consegues?
Entre muitos
o que se consegue?
"Uma andorinha só não faz verão"
mas entre vários
quantidade significa qualidade
nesse mundo consumista,
egoísta
onde se vive entre feras,
onde alguns vivem,
outros sobrevivem
e a maioria vegeta?...
No momento
se indigne,
mas não perca a cabeça,
pois ela é único lugar
onde a ideia
permanece original,
sem ser roubada,
sem ser massacrada
pela violência das ruas.
André Filho Guarabira