POESIA NA PANDEMIA

Quando e quanto por enquanto?

27/05/2020

Enquanto ecoa na esquina

O total de palavrões,

Uso ou não de Cloroquina,

E panelas por segundo,

Sem saber o que há de vir

No tempo de muito medo,

Vai se montando o enredo

Que há de ganhar o mundo.

Se hoje se tem ciência,

Que se siga esta arte,

Seja o ponto de partida

Para o tal Redemsivir,

Seja o ponto de descarte

Da solução mais caseira

Que também buscava a proa

Pra tal desconhecimento.

Mas traga também ao povo

Que mais uma vez, “na boa”,

Da saude, o rombo novo,

Tem centenas de milhões.

E pra quem crê ser de agora

A falta de itens de cura,

A crise que vem na esteira,

Decadência de hospitais,

Recomenda-se a leitura

De revistas e jornais

De publicações de outrora,

Que pontuam com clareza

A par da atual safadeza

O quanto, e em que momento.