Separam-se As Amarras
separam-se as amarras
escravos se espalham na noite
o sangue derramado nas encostas
das cordilheiras solitárias
se confundem com os gritos
inconsistentes da não-desesperança
liberdade guerreira de escravos colonos
independência conforme completos pensamentos
inerentes
disformes
imprecisos
natos do inconformismo aparente
noites-manhãs dos desvalidos imortais
e novamente separam-se as amarras
e não mais existem escravos
somente escravidão
capitalismo
corrupção
dinheiro e morte
e mulheres se arregimentam caladas
nas camas
nos bares
nos lares
nas vidas
mudanças repetidas aproximadas
as testemunhas fêmeas choram os desafios
e o machismo alimentado assume erros
e desaparece na consciência feminina
carente
descoberta
sensível
independente agora a mudança real
separam-se as amarras
ficam as mulheres iguais mulheres
seres humanos
homens reais
o mundo
os países
as guerras
democracias disfarçadas
aberturas parciais
acontecem
e acontecem vidas
mudanças gerais de vidas
fé no amor
na cumplicidade de classes
suas igualdades
uniões de mãos dadas
destinos únicos
bonitos
destinos
separam-se as amarras
men tir as amarras de uma vez!