Separam-se As Amarras

separam-se as amarras

escravos se espalham na noite

o sangue derramado nas encostas

das cordilheiras solitárias

se confundem com os gritos

inconsistentes da não-desesperança

liberdade guerreira de escravos colonos

independência conforme completos pensamentos

inerentes

disformes

imprecisos

natos do inconformismo aparente

noites-manhãs dos desvalidos imortais

e novamente separam-se as amarras

e não mais existem escravos

somente escravidão

capitalismo

corrupção

dinheiro e morte

e mulheres se arregimentam caladas

nas camas

nos bares

nos lares

nas vidas

mudanças repetidas aproximadas

as testemunhas fêmeas choram os desafios

e o machismo alimentado assume erros

e desaparece na consciência feminina

carente

descoberta

sensível

independente agora a mudança real

separam-se as amarras

ficam as mulheres iguais mulheres

seres humanos

homens reais

o mundo

os países

as guerras

democracias disfarçadas

aberturas parciais

acontecem

e acontecem vidas

mudanças gerais de vidas

fé no amor

na cumplicidade de classes

suas igualdades

uniões de mãos dadas

destinos únicos

bonitos

destinos

separam-se as amarras

men tir as amarras de uma vez!

Carlinhos Pink
Enviado por Carlinhos Pink em 04/12/2005
Código do texto: T80786