A Voz do Poeta Revolucionário
Mais um dia cansativo se acaba
E agora um grito silencioso se sufoca dentro de mim
No entanto ao meio de baterias e guitarras barulhentas
Tento minhas dores diluir.
Sentindo a coluna recair sobre a vertebral
Sinto-me um completo animal
Incapaz de lutar contra o poder incontrolável
Do nosso tremendo desequilíbrio social.
Suicidas, destruidores da própria liberdade
Agora tentam acabar com nossa expressão
Mais já que sou obrigado a me manter calado
Que foda-se a nação.
Sociedade sucumbida pela corrupção
Por políticos que lavam dinheiro em suas mãos
Deputados que comem pizza no próprio congresso
Onde a ordem é um processo.
Um processo lento de prazo curto
Pois se o salário mínimo aumenta
Junto com ele sobe tudo.
Amanhã um novo dia nasce
E com ele ressurge a esperança e a revolta
Que permanecem juntos
Nessa incansável rota.
E eu persisto aqui, tentando expressar em palavras
O que uma sociedade arruinada
Têm medo de reprimi!
Ou seja, o planalto e sua corja de ladrão.