Rio(s)

Rio-submundo

Ratos, vampiros, sujeiras, promiscuidades e muita violência (ódio e desamor)

Quão esperança existe em teus olhos.

Como resistir a capacidade que tens de se transformar em homem-lobisomem-homem em pleno dia (interrogação)

O urubu abre as suas asas sobre o corcovado e apavorado deixa se cegar pelo sol

Rio-afeto

Simpático,

Agradável,

Educado,

Distante do culto ao pecado

O cari-oca reiventa o amor e executa a sua sinfonia de pinturas para todos os gostos, gestos e relacionamentos.

Afinidades a parte... Tem um cheiro de flor de janeiro.

Rio-saudade

Me despeço de ti como quem não olha para trás.

Não tenho tempo de ser escultura de sal

Entre o inferno e o céu, existe Santa Teresa.

Que de longe apesar da tristeza

De cima não existe a tristeza

Desce a (ladeira) Baia de Guanabara abaixo

E o sonho pega carona no bonde centenário

E a realidade sobe as escadas de escadas... As nuvens multiformas...

Os anjos desencaracolados...

E ao se despetir das minhas contradições,

Rogo:

Que Santa Teresa

De Calcultá

De Ávila

De todos nossos corações

Proteja-nos para todo sempre.

Em 29 de julho de 2006