A ARCA ZOOLÓGICA E POLÍTICA.

A ARCA ZOOLÓGICA E POLÍTICA.

Nuvens negras sobre o senado.

Rajadas tufanescas sobre o congresso.

Um "corredor polones" barra o progresso.

De uma nação fardada ao não senso.

Bichos e afins agora pululam.

Poltronas aonde Tancredo sentou.

Onde Teotônio moldou sua música.

Que a mulher com sua voz encantou.

Vozes caninas, raposas, rapinas.

Cantam em coro a triste canção.

Que embaraçam o céu de Brasília.

E entristecem o meu coração.

Lantejoulas adornam o veado.

E um latido e o dó no teclado.

Ali-Babá está todo cercado.

Por asseclas e o filho algemado.

Pra onde vai o país do meu filho.

Que ele canta num sábio assobio.

Que ele planta num campo aberto

Que ele espera colher com meu neto.

Mais Tancredo deixou sobre “Neves”.

Das caatingas Teotônio bradou.

Sua espada nas mãos do menino.

O seu hino o povo cantou.

Da onde estiver bom Tancredo...

Ajude-nos e tire esse medo.

Que Teotônio aponte com o dedo.

Porque Deus vai mudar esse enredo!

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 21/01/2008
Reeditado em 28/09/2009
Código do texto: T826869