Resquícios da Escravidão
Resquícios da Escravidão
Eu fui humilhado
Amarrado,como um animal
Igual ao cachorro preso
No fundo do quintal
Falaram que eu era bicho
Cabelo carrapicho, judiado
Açoitado, trabalhei até a exaustão
Construi várias casas, com o suor
Do meu rosto, abri estradas, ferrovias
E agora, nada me resta, estou sem feição
A não ser as arestas da escravidão
Eu não sou valorizado, falam de
Histórias, mas na fila
do desemprego, ninguém me viu
Eu sou negro,ajudei a construir o Brasil
Eu quero igualdade, fraternidade
Não somos ruins, não somos bravos
Quem nos prenderam,foram vocês
Lembrem-se, nós fomos seus escravos
Tem muita gente no nosso país
vivendo na mamata
E para o Negro o que restou?
Os resquicios de uma chibata