... DO POVO DE MINHA ALDEIA.
O banho de meu povo
É lama.
A esperança de meu povo
É misericórdia.
O futuro de meu povo
Sangra.
A comida de meu povo
É fome.
A fúria de meu povo
É cega.
A sede de meu povo
É violência.
A infância de meu povo
É velha.
A criança de meu povo
Pede esmolas.
O sapato de meu povo
É pé no chão.
O braço de meu povo
É uma arma.
A cabeça de meu povo
É uma máquina.
A mão de meu povo
É uma lança.
A bandeira de meu povo
Não é branca.
A meta de meu povo
É uma guerra.
E FAÇO PARTE DESSA ALDEIA!
- Texto publicado no II MARSEM – Belém / Pará