ETERNA BUSCA

Um menino raquítico

remexe no lixo.

Cata as sobras

para matar a fome.

Na calçada um homem

dorme ao relento.

Cobre-se com jornais

para se abrigar do vento.

Na rua,

uma mulher seminua,

igual mariposa

voa em compasso,

buscando a sobrevivência

para manter a existência.

Nas favelas,

a miséria,

a droga,

a violência

expõe suas mazelas.

Sangram as chagas

da sociedade.

Gritam as desigualdades.

O povo excluído,

oprimido

clama por fraternidade.

Sonha com a liberdade.

Busca solidariedade.

Suely Braga

*Poesia premiada no Concurso Literário/"Grêmio Literário Castro Alves",

em Porto Alegre/RS/ 3º lugar / outubro/2005

suely Braga
Enviado por suely Braga em 27/01/2008
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