ERA TARDE, UM ABRIL

Quando o mundo se desvendou

sobre minha pele

replicou seu silêncio

- era noite de abril.

Marcou com garras

as faces dos seus cios

e seus desejos de fera:

- a carne crua, ave rara

que sonhava

limites, suas asas rasas

singrava por eras

a fio, a lã do carneiro

a faca, o sacrifício, o desafio

quando o mundo se desnudou

era tarde, num abril.

Frederico Spencer
Enviado por Frederico Spencer em 19/02/2008
Código do texto: T866034
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