POEMA CACO
Escrevo coisas
que podem ser lendas
que podem ser lindas
que podem ser lidas.
Escrevo coisas que não!
A boca que devoro é quase a minha,
senão a vossa.
Propositadamente,
a palavra que dev(oro) com farinha
não vai ao estômago.
Prescrevo:
com os dedos na garganta,
escavo outras sílabas
c-orr-osiv-a-s
do silêncio.