POEMA CACO

Escrevo coisas

que podem ser lendas

que podem ser lindas

que podem ser lidas.

Escrevo coisas que não!

A boca que devoro é quase a minha,

senão a vossa.

Propositadamente,

a palavra que dev(oro) com farinha

não vai ao estômago.

Prescrevo:

com os dedos na garganta,

escavo outras sílabas

c-orr-osiv-a-s

do silêncio.

Frederico Spencer
Enviado por Frederico Spencer em 20/02/2008
Código do texto: T867533
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.