AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
(Sávio Assad)
Minha pele negra, demonstra o suor no rosto
De tanto trabalho, escravizado pelo tempo.
Minhas mãos calejadas já não sente os espinhos
Que perfuram minha carne, e lamento com o olhar.
Minha pele branca, carrega a soberba na memória
De terno limpo, caminho pela vida a te olhar por cima.
Nasci de um ventre livre de marcas do tempo,
Sou senhor das horas do meu destino e te olho sem dor.
Minha pele negra, trás meus braços algemados
Que nem o tempo nos liberta deste destino traiçoeiro.
Vivo o eterno preconceito, marcado em meu rosto
Preciso de minha liberdade, para pode sorrir novamente.
Minha pele branca, tenta te entender, mas não consegue,
Fui criado neste berço de ouro e não consigo sair.
Minha cabeça reluta em te aceitar, somos diferentes,
E minhas mão eu não posso te dar.
Nós nascemos de diversos ventre e nos criamos
Nos campos a nos embalar, com cantos de ninar.
Somos pessoas, unicamente e não espécies a trocar,
Experimente o meu carinho e minha pele tocar.
Niterói - RJ - Brasil
10/03/2008