Não sede otário



Se o corpo carrega
Dois pesos pesados
Dois sacos de batatas
Um em cada ombro.
Não sede otário

Se o peso é tão pesado
Que lhe causa canseira
Tão grande enfado
Que enverga, como bananeira.
Não sede otário.

Se é assim, parece uma planta
Plantada em jarro
Come, bebe, trabalha
Dia todo, sentado.
É sedentário!

Se seu prazer é viver na rotina
Da mesa, pra cadeira, pra cama
Se a vida parece tranqüila
Tem tudo à mão, sem esforço.
É sedentário!

Se detesta atividades físicas
Trabalho ou distração
Tão longe da mesa ou televisão,
Se sua vida é psíquica.
É sedentário!

Se não consegue arrancar
Este peso que segura a alma
Estará pra sempre plantado
Na terra, esperando ser enterrado.
Não sede otário!

Respire fundo, liberte-se
Deste peso que lhe impeça
De voar leve, livre e solto
Fazendo atividade física.
Movimentar-se para viver!




Outros poemas da série sobre saúde, publicadas nesta página:

1- Amante latino (dengue)
2- Não sede otário (sedentarismo)
3- Sou maçã tu és pera (obesidade)
4- Apaixonante coração (hipertensão)
5- Não encha a Queca (enxaqueca)