Campos livres para as margaridas...

Amados. Arados, arem.

Sonhos ajudem,

limpem e revolucionem

Máscaras caiam sobre as escadas

agrestes dos nossos pesadelos

Faça-se luz quente!

O luto seja breve e sem dor

para os puros, para os inocentes...

Soltem trovões que purifiquem o ambiente

Eletrizem nossas possibilidades de reconstrução

Que as víboras enrolem-se e engulam-se, mutuamente.

Saiam dos campos onde a infância

deveria ser assistida, devidamente.

E assim o verde sobressaia no azul celeste

O dourado do fogo traga seu calor

que se sobreponha ao frio das almas egocêntricas.

Estas não mais solidifiquem a força do amor...

Que a vaidade de mãos gélidas e unhas coloridas

encontre saída, deixe o campo livre para as margaridas.

Porque não queremos mais hipocrisia

queremos a melodia das cachoeiras transparentes

Aquelas que nos convidam ao refazimento

A hora é chegada, o ciclo fecha-se

Precisamos ajuntar os sonhos matinais

Encantar o mundo com as almas de luzes cintilantes

Sim, aquelas onde a pureza das intenções revigoram

Revigorarão a aurora do dia seguinte...