O CADÁVER
Na pálida praia de luar vazia
Em escura treva sombria
Banhava-se um corpo sem vida
Embalado pelas ondas frias
Envolta em brancas espumas
Ao sabor do silêncio dormia
Na solidão das brumas
Em nebulosa névoa jazia
Desfalecida e abandonada
Pelas águas tragadas
Pela maré do mar sepultada
E nunca foi encontrada
Por ninguém resgatada
Essa alma coitada!