AMNÉSIA
O silêncio me acaricia
Em tenebrosa névoa fria
Secreta voz das penumbras
A falar com minha própria sombra
Num fantasmal desvario
Chagas do abismo do vazio
Vago desbordado de lume
Perambulando no escuro sem nome
Donde brisas e flores se entrelaçam
O túmulo do passado abraçam
Os ponteiros do relógio fracassam
Cálice de sonhos derramados
Em brancas nuvens desbotados
No esquecimento exilados...
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