Chuvas de Sangue

dócil ventania

de vítreo sopro

a me acariciar a alma

durante as pétalas secas

desses momentos a murcharem

diante das rubras lágrimas

dessas chuvas de sangue

a colorir de mágoas

as pálidas alegrias

mortas que assombram

o dessolado cenário

em que está enterrada

a ruína de meus amores.

me ergo a clamar

às rubras lágrimas

dessas chuvas de sangue

a cada queda nas sombras,

pois ao beber desse doce sangue

sinto o angélico sabor das dores

em minha língua carente

do amargo gosto das alegrias

a assombrar cada recanto

desse tenebroso temporal

que me acalma o coração

alquebrado pelas luzes mortas

nas pálidas horas dessa

nostálgica,mas corrompida

felicidade exaustiva.

Mike Yagami Black
Enviado por Mike Yagami Black em 10/01/2014
Código do texto: T4643477
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