Morrer para Viver

Meu corpo ali em câmara ardente

E eu aqui a contemplar o sono

Que o levará à campa sem outono

Na magia da metamorfose indiferente.

Estou liberto... Abandonei o fardo

Que me fez escravo das ilusões da matéria,

Agora posso flutuar pela vida etérea

Sem os vícios travestidos de hábitos.

Olho-me sereno e já não sou carente,

Sinto o pleno exercício da mente

Que tudo vê e escuta sem muralhas...

Lágrimas? Não! Saudade é meu sorriso

Que contrasta quem se lamenta consigo

Da solidão aparente que não me atrapalha!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 11/03/2014
Código do texto: T4725135
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.