Ponta dos Pés

Os pés ficaram suspensos no precipício

Ao mesmo tempo em que desejava que um vento forte

A atirasse ao chão úmido e distante

Pra não mais ver

Pra não mais sentir que não sentia nada

O vazio pela primeira vez era a resposta.

A solução.

O sucesso para todas as tentativas com final de insucesso

Ali ficou esperando o vento de coragem

Mas só o que veio foi a brisa leve de escárnio

Que zombava da tristeza e da covardia

Assim, sem medo mas sem coragem,

voltou pra casa mais um dia

Com o coração doendo e a cabeça vazia

Condenada a

amanhã

Enfrentar um novo dia

Juliana Rheiheimer
Enviado por Juliana Rheiheimer em 19/04/2014
Código do texto: T4774337
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