Ponta dos Pés
Os pés ficaram suspensos no precipício
Ao mesmo tempo em que desejava que um vento forte
A atirasse ao chão úmido e distante
Pra não mais ver
Pra não mais sentir que não sentia nada
O vazio pela primeira vez era a resposta.
A solução.
O sucesso para todas as tentativas com final de insucesso
Ali ficou esperando o vento de coragem
Mas só o que veio foi a brisa leve de escárnio
Que zombava da tristeza e da covardia
Assim, sem medo mas sem coragem,
voltou pra casa mais um dia
Com o coração doendo e a cabeça vazia
Condenada a
amanhã
Enfrentar um novo dia