Janela para o infinito
Numa noite tão fria
O silêncio em volta da casa
Contrasta com a inquietude interior
Pensamentos elevados e inferiores
Se entrelaçam, fazem um nó na mente
Amarram o sono bem longe da cama
E amordaçam a paz de espírito
De repente num impulso mesmérico
Pés andam sonambulicamente para a sala
E depois mãos abrem as janelas
Um espetáculo é revelado:
O gracioso balé das estrelas
Desfilando graciosamente no céu
Seduzindo os olhos cansados
Balançando o cinério véu de nuvem
A noite sussurra algo
Propagado fantasmagoricamente no vento
Cheiro de terras distantes
Lembranças do que sequer acontenceu
Embreagado de sonhos e fantasia
O sonâmbulo vaga entre o entusiasmo e o letargia
Através de uma estreita janela
Vive uma eternidade numa noite
Vaga e divaga no infinito sem dar um passo