SPEKTRUM
Sou um sopro que negreja
Excomungado de toda igreja
Vulto das catacombas
No vale das sombras
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Sou um halo de fumaça
Que com o vento passa
Vagando pelas paragens
Em sinistras plumagens
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Sou um raio de lua
Que pela noite flutua
A chama duma vela negra
Que se esvái a centelha
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Sou uma nuvem escura
Lacrimosa de chuva
O orvalho da noite sem cor
Que o céu pinga na flor
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Sou a essência do nada
Eterna alma penada
No esquecimento exilada
Um espektro,mais nada
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