A MORTE
Era noite das corujas
De trevas e malgúrias
Rondava a morte insone
Clamando meu nome
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Vestida de negro vagava
Sua caveira de ossada
Como zombi catava no mundo
Alguém prá levar junto
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E me viu ali prostrado
Cansado do fardo
Com sua mão cálida e fria
Tocou de leve na minha
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E seu beijo era frio
Seus olhos vazios
Sua voz um convite
O qual ninguém resiste
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Fugindo da assombração
Sucumbi na tentação
Caí num precipício
Na beira dum abismo
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E fiquei lá morto
Inerte de corpo
Minha alma foi embora
Indiferente da hora
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E a morte se divertia
Pela minha partida
Até parecia
Que ela sabia
Que era eu um suicida.....
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