O VALE DAS SOMBRAS

Taciturna alma vestida de negro

Feito um sinistro morcego

Vaga no vale das sombras

Num antro de mariposas

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Meio a árvores mortas

Buscando achar resposta

De inúmeras perguntas

Na balada lúgubre das corujas

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E a cantiga dos grilos

Nas secas folhas dos pirilos

É uma queixa a mais

Somada a seus muitos ais

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Numa trilha nebulosa e sombria

Na flauta da brisa fria

Não passa dum gótico vulto

Um espectro esconjurado do mundo

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E vai cismando a vagar

Na esperânça duma flor brotar

Um pássaro voltar a cantar

E a primavera da vida retornar

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 01/10/2014
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