PÓS MORTIS
Uma escrivaninha vazia
E um livro de poesias
Foi tudo que restou
Do poeta que a morte levou
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Um tinteiro de sonhos derramados
No vidro em cacos quebrados
Deitado sobre a toalha de linho
Lacrimados de versos na mesa de pinho
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O antigo piano mudo
Jaz num canto escuro
Só a poeira restou
Do esquecido mestre compositor
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Lapidado na sua tumba
Apenas uma escritura
Nem sequer uma pedra preciosa
Por suas obras valiosas
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E passado muitos invernos
Foram ler seus cadernos
Copiar suas obras de glória
Ensinar na cartilha das escolas
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Dizia o poeta de outrora
Cante seus versos pelo mundo a fora
O tempo esvái e não demora
E a morte não marca hora
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