PÓS MORTIS

Uma escrivaninha vazia

E um livro de poesias

Foi tudo que restou

Do poeta que a morte levou

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Um tinteiro de sonhos derramados

No vidro em cacos quebrados

Deitado sobre a toalha de linho

Lacrimados de versos na mesa de pinho

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O antigo piano mudo

Jaz num canto escuro

Só a poeira restou

Do esquecido mestre compositor

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Lapidado na sua tumba

Apenas uma escritura

Nem sequer uma pedra preciosa

Por suas obras valiosas

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E passado muitos invernos

Foram ler seus cadernos

Copiar suas obras de glória

Ensinar na cartilha das escolas

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Dizia o poeta de outrora

Cante seus versos pelo mundo a fora

O tempo esvái e não demora

E a morte não marca hora

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 01/10/2014
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