GATO PRETO
Romingou um gato preto
E foi deitar seu esqueleto
Num cesto vazio
Jogado num terreno baldio
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Exilado na escuridão
Apareceu-lhe uma assombração,
Mas era só um vagalume
Que luzia suas luzes
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Sentiu que um fantasma
Seu focinho tocava,
Mas era só uma folha perdida
Que acariciava sua cara
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Ouviu uma voz do além
Chamando por alguém,
Mas era só uma coruja
Piando prá lua
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Quando o sino deu badalada
Anunciando a alvorada
Abriu os olhos incrédulo,
Cruz credo,havia dormido no cemitério...
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