O CÔRVO
vindo do ermo angrio
Surgiu um vulto sombrio
Lúgubre criatura
Mensageiro de amargura
Um espectro torvo
Fantasmagórico côrvo
Ser agourento do mal
Alma negra infernal
Empoleirado no portal
Do cemitério sepulcral
Meio sombras fantasmais
Dos túmulos memoriais
Esperava ali encorujado
Como quem tinha encontro marcado
O discípulo das trevas
Envolto de plumas negras
Não renunciava do poleiro makabro
Nem pelo morcego malogrado
Que flutuava pelas tumbas
E sepulcros nas brumas
Então como uma esfinge escura
Veio a ele uma coruja
E foram juntos revoar
Formando um sinistro par
Acariciados pelo luar