Limbo
As portas se fecharam
Não há mais como voltar
As noites são infinitas
E não há modo de escapar
Os gritos nunca cessam
Nesse inferno tão escuro
Há corpos no chão fétido
Agonizando por ar puro
Há desesperados rogando
Que imploram por perdão
Muitos outros se perdendo
Nesta imensa escuridão
Os seres que aqui residem
São funestos como o mal
Os novos que aqui chegam
Veem nos olhos o abissal
Pesadelos são mais belos
Que viver nesta aflição
O juiz bate seu martelo:
Uma eternidade na prisão