Ode ao Fim

No bradar da improvável invalidez,

Seguimos rijos contra o desespero,

Ancoramo-nos em toda a robustez,

Aceitando o abraço do morbígero.

Se o corpo adoece de falha óbvia,

Ocorrendo o perdimento da chance,

Nasce o medo daquele que aluvia,

Partilha o desfecho em clara nuance.

Para tanto se agarra ao feral grito,

A intrépida missão da aliança,

Entre a crença e o derradeiro rito.

Há de sonhar com o abraço bendito,

Na longevidade de sua esperança,

E retardar o encontro ao infinito.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 15/06/2016
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